E a eleição de ontem da Câmara Municipal de Balsas? Vergonha? Tumulto? Democracia? Manipulação? Pra mim teve de tudo um pouco. Ou pelo menos tentativa de ter de tudo um pouco.
Tumulto porque uma chapa queria de qualquer forma compor a Mesa Diretora.
Democracia porque, mesmo depois de tanto tumulto, tentativa de manipulação, foi seguido o que rege a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interna daquela Casa. Se as leis estão ultrapassadas ou são inadequadas, então vamos alterá-las, mas não podemos rasgá-las ou atropelá-las.
Tentar manipular um possível resultado numa eleição, pra mim, não é legal! Não é justo.
Vergonha porque, nós cidadãos, não somos obrigados a eleger vereadores e estes legislarem em causa própria ao invés de lutarem pelo povo. Vergonha por ainda termos vereadores sem a mínima noção da legislatura e também por tentarem tumultuar, manipular e demonstrarem ser antidemocratas.
Gente vou ser curto e grosso!
Por 5 x 0, a vereadora Deuzilene Barros reelegeu-se presidente da Câmara Municipal de Balsas. Sua chapa era a seguinte:
Presidente: Deuzilene Barros (PDT)
Vice Presidente: Antônio de Pádua - Toinho (PR)
1º Secretário: Deusval Trajano (PSB)
2º Secretário: Edelice Borges (PSB)
A chapa adversária era composta por:
Presidente: Carlos Antunes (PV)
Vice Presidente: Ruberval Martins (PTB)
1º Secretário: Fransuíla Farias (PT)
2º Secretário: Amauri Carneiro (PC do B)
Por que 5 x 0 se são 10 votantes?
Antes da eleição e consequentemente apuração, foi lido que, segundo o Regimento Interno, em caso de empate na apuração dos votos, realizar-se-á um 2º excrutínio (nova votação) e caso persista o empate é dado como vencedor o candidato que obteve maior números de votos na eleição municipal passada. Nesse caso, persistindo o empate a vereadora Deuzilene sagraria-se campeã.
Pois bem, a votação inicial teve como resultado um empate em 5 x 5. Naturalmente como está escrito do Regimento Interno e já era sabido por todos, haveria uma segunda votação com as características já descritas.
A chapa encabeçada pelo vereador Carlos Antunes, pediu 10 minutos para reunirem-se e assim o fizeram. Retornaram e o edil Carlos Antunes renunciou ao cargo de concorrente a presidente da Câmara Municipal de Balsas, propondo a sua substituição por um outro membro da chapa. Só que, segundo o assessor jurídico da casa, Dr. Edilsom Ribeiro, essa renúncia estenderia-se a toda a chapa.
A chapa do vereador Carlos Antunes, em sua maioria composta por vereadores experientes e ainda assessorada pelo também experiente vereador Messias Miranda, queria na verdade com a renúncia, indicar o nome da vereadora Fransuíla Farias para concorrer a presidência da casa. A tática era certeira já que havendo um segundo empate, seria declarado vencedor o candidato que tivera mais votos no pleito passado, ou seja, a Vereadora Fransuíla Farias.
Porém, segundo a Lei Orgânica do Município, as chapas concorrentes teriam até o dia 10/12 para registrarem suas candidaturas. E ao contrário disso a chapa do vereador Carlos Antunes tentou mudar a sua composição no decorrer da eleição, ferindo assim a Lei.
O resultado disso foi uma segunda votação com o placar de 5 x 0 em favor da chapa encabeçada pela vereadora Deuzilene Barros. Os vereadores da chapa contrária mais o vereador Messias Miranda absteram-se de votar.
Segundo zumzum na Câmara, a chapa perdedora recorrerá à Justiça para rever o resultado da eleição.
Vamos aguardar.
Silvio Bom Dia,
ResponderExcluirLí seus comentários acerca da eleição da nova presidência da câmara de Balsas e os achei muito pertinente. Tudo o que você escreveu me fez questionar um coisa somente. Que poder e influência exercem um cargo de tal estirpe além dos habituais e conhecidos pelos cidadãos para ser tão disputado pelos edis balsenses>
Abraços
Manoel David